Objective: Investigate the effects of intrauterine growth restriction and socioeconomic status at birth on intellectual development.
Methods: Study conducted with 313 participants from a birth cohort from São Luís, in the state of Maranhão, assessed at birth and between 18 and 19 years of age. Variables at birth and early years of life (maternal age, maternal education, paternal education, occupation of the head of the household, family income, maternal gestational weight gain, intrauterine growth restriction, low birth weight, and breastfeeding duration), and education at 18 and 19 years were tested as determinants of intelligence quotient at 18 and 19 years using structural equation modeling.
Results: Results: Intrauterine growth restriction did not have a total (p-value = 0.957), direct (p-value = 0.184), or indirect (p-value = 0.108) effect on the intelligence quotient at 18 and 19 years of age. Socioeconomic status at birth had a total positive effect of 0.406 standard deviations (p-value < 0.001) on its mean, corresponding to an increase of 4.54 points in the quotient for each increase in socioeconomic level at birth. This effect was not mediated by the other explanatory variables included in the model; however, a direct positive effect of 0.416 (p-value < 0.001) of socioeconomic status on education was identified, which showed a positive correlation (PC = 0.439; p-value < 0.001) with intelligence. Maternal age at birth also had a direct positive effect of 0.116 standard deviations (p-value = 0.042) on the mean intelligence quotient (QI) at 18 and 19 years, corresponding to an increase of 1.30 points for each 1-year increase in maternal age at birth.
Conclusion: Higher socioeconomic levels at birth directly affected the participant's intelligence and education positively, increasing the mean QI and education level at 18 and 19 years. A positive correlation was also identified between the two variables.
Objetivo: Investigar os efeitos do retardo no crescimento intrauterino e da situação socioeconômica de nascimento no desenvolvimento intelectual.
Métodos: Estudo realizado com 313 participantes de uma coorte de nascimentos de São Luís, Maranhão, avaliados ao nascerem e entre 18 a 19 anos. Utilizando modelagem de equações estruturais, as variáveis do nascimento e primeiros anos de vida (idade materna, escolaridade materna, escolaridade paterna, ocupação do chefe da família, renda familiar, ganho de peso materno gestacional, retardo no crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e tempo de aleitamento materno) e a escolaridade aos 18 e 19 anos foram testadas como determinantes do quociente de inteligência aos 18 e 19 anos.
Resultados: O retardo no crescimento intrauterino não apresentou efeito total (p-valor = 0,957), direto (p-valor = 0,184) ou indireto (p-valor=0,108) sobre o quociente de inteligência aos 18 e 19 anos. A situação socioeconômica no nascimento apresentou efeito total positivo de 0,406 desvio-padrão (p-valor < 0,001) sobre sua média, correspondendo a elevação de 4,54 pontos no quociente a cada elevação do nível socioeconômico no nascimento. Esse efeito não foi mediado pelas demais variáveis explanatórias inclusas no modelo, contudo, identificou-se efeito direto positivo de 0,416 (p-valor < 0,001) da situação socioeconômica sobre a escolaridade, que apresentou correlação positiva (CP = 0,439; p-valor < 0,001) com a inteligência. A idade materna no nascimento também apresentou efeito positivo direto de 0,116 desvio-padrão (p-valor = 0,042) sobre a média do quociente de inteligência aos 18 e 19 anos, correspondendo ao incremento de 1,30 pontos no quociente a cada elevação de 1 ano na idade materna no nascimento.
Conclusão: Maiores níveis socioeconômicos no nascimento geraram efeito positivo direto de longo prazo sobre a inteligência e escolaridade do participante, elevando a média do QI e o nível de escolaridade aos 18 e 19 anos. Identificou-se também correlação positiva entre as duas variáveis.